O Alto-Comando do Exército e a crise de 1969
No final de agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu uma isquemia cerebral, emudeceu e ficou com um lado do corpo paralisado. Os ministros militares decidiram que não deviam empossar o vice-presidente, Pedro Aleixo, e impuseram-se ao país como a mais folclórica das instituições latino-americanas, uma junta.
Em doze dias o Alto-Comando do Exército reuniu-se quatro vezes para resolver o impasse que criara: o que fazer e a quem colocar na Presidência? Essa assembleia era composta por nove pessoas, entre as quais o ministro, o chefe do Estado-Maior, os diretores de departamentos e os comandantes dos quatro Exércitos. No meio da crise incluiu-se o comandante militar da Amazônia.
No final de agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu uma isquemia cerebral, emudeceu e ficou com um lado do corpo paralisado. Os ministros militares decidiram que não deviam empossar o vice-presidente, Pedro Aleixo, e impuseram-se ao país como a mais folclórica das instituições latino-americanas, uma junta.
Em doze dias o Alto-Comando do Exército reuniu-se quatro vezes para resolver o impasse que criara: o que fazer e a quem colocar na Presidência? Essa assembleia era composta por nove pessoas, entre as quais o ministro, o chefe do Estado-Maior, os diretores de departamentos e os comandantes dos quatro Exércitos. No meio da crise incluiu-se o comandante militar da Amazônia.
Quatro anos antes o Alto-Comando confiscara o direito dos brasileiros de escolher o presidente em eleições diretas.
Naquelas reuniões sentavam-se pessoas convencidas de que analfabetos não podiam votar e que o voto de um coronel não valia a mesma coisa que o do lixeiro. O voto de um major também não podia valer a mesma coisa que o de um general. E o de um general que estava no Alto-Comando, porque comandava uma diretoria burocrática, não podia ser comparado ao de outro, que comandava tropas.
Nas atas dessas reuniões do Alto-Comando do Exército estão documentados os problemas que decorreram da usurpação de poder e a tentativa de resolver essa questão, que resultou na escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência.