O poeta João Cabral na visão do SNI

Autor de ‘Morte e vida severina’ era classificado como “elemento simpatizante ou, no mínimo, de tendência esquerdista”

Em 1964 o diplomata João Cabral de Melo Neto estivera numa lista de onze diplomatas que deveriam ser cassados. Foi poupado. Doze anos depois o chanceler Azeredo da Silveira incluiu-o na lista de promoções para ministro de primeira classe, e o presidente Ernesto Geisel pediu ao general João Baptista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), que lhe enviasse a ficha do poeta, lembrando que ele havia sido demitido de suas funções no Itamaraty “por questões de segurança” e que retornara “por via judicial”. Cabral havia sido posto em disponibilidade nos anos 1950, sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista.

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