Os contatos do serviço secreto
Quando o general Golbery do Couto e Silva foi nomeado chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), em junho de 1964, levou consigo, como assistente, o capitão Heitor Ferreira. Heitor organizou uma lista com o nome de 64 pessoas com as quais Golbery devia manter contato no mundo civil com regularidade preestabelecida.
Quando o general Golbery do Couto e Silva foi nomeado chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), em junho de 1964, levou consigo, como assistente, o capitão Heitor Ferreira. Heitor organizou uma lista com o nome de 64 pessoas com as quais Golbery devia manter contato no mundo civil com regularidade preestabelecida.
Na lista constavam, por exemplo, o empreiteiro Haroldo Cecil Poland, escalado para receber um telefonema diário; o dono do Jornal do Brasil, Manoel Francisco do Nascimento Brito, com três ligações semanais; e o presidente do Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro, Jorge Oscar de Mello Flôres, com duas. Com uma ligação semanal ficaram, entre outros, o professor liberal católico Candido Mendes de Almeida; o secretário do cardeal d. Jaime Câmara; e o pelego Ari Campista, que controlava a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria.
O SNI era o principal órgão de inteligência da ditadura militar (1964-1985). Foi extinto em 1990, pelo presidente Fernando Collor de Mello.
Veja a lista de telefones a seguir: