Morte de operário derruba general

O “suicídio” do operário Fiel Filho no mesmo DOI onde Herzog fora assassinado levou à demissão exemplar do chefe do II Exército

Na manhã de segunda-feira, 19 de janeiro de 1976, o presidente Ernesto Geisel chamou ao palácio da Alvorada os generais Sylvio Frota (ministro do Exército), Hugo Abreu (chefe do Gabinete Militar) e João Baptista Figueiredo (chefe do Serviço Nacional de Informações, o SNI). Às 9 horas, quando a reunião começou, o major Dias Dourado, assistente de Figueiredo, anotou um recado do SNI: Manoel Fiel Filho teria cometido "auto suicidio por estrangulamento". Às 11h45, quando a reunião já terminara e o general Ednardo D'Avila Mello estava demitido, Dourado anotou outro recado do SNI: "Não está caracterizado o suicidio".