Golbery pede dossiê contra Delfim
Responsável pela política do “milagre econômico”, o ex-ministro da Fazenda de Médici foi repudiado no governo Geisel
Durante o governo Geisel, seu poderoso chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto e Silva, despachou um bilhete ao secretário do presidente, Heitor Ferreira, recomendando a preparação de um dossiê no Serviço Nacional de Informações (SNI) contra o economista Antônio Delfim Netto. Sem data, o documento é um exemplo da animosidade de Geisel e de seus aliados para com Delfim, artífice da política econômica conhecida como “milagre brasileiro”, posta em prática no governo anterior, do qual havia sido o ministro da Fazenda.
Responsável pela política do “milagre econômico”, o ex-ministro da Fazenda de Médici foi repudiado no governo Geisel
Durante o governo Geisel, seu poderoso chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto e Silva, despachou um bilhete ao secretário do presidente, Heitor Ferreira, recomendando a preparação de um dossiê no Serviço Nacional de Informações (SNI) contra o economista Antônio Delfim Netto. Sem data, o documento é um exemplo da animosidade de Geisel e de seus aliados para com Delfim, artífice da política econômica conhecida como “milagre brasileiro”, posta em prática no governo anterior, do qual havia sido o ministro da Fazenda.
O Gordo, como Delfim era chamado, tinha suas ambições. Cogitado para o governo de São Paulo como candidato da Arena, partido favorável ao regime militar, acabou caindo no ostracismo com o fim da gestão Médici (1969-1974). Não conseguiu nem a candidatura nem um cargo de ministro no governo Geisel. Contentou-se com a embaixada do Brasil na França.
Posteriormente, o Gordo voltaria ao Planalto durante o governo Figueiredo (1979-1985) como ministro da Agricultura (1979) e do Planejamento (1979-1985).