Anotações de Geisel sobre o materialismo histórico (transcrição)
“Materialismo Histórico” – 10-5-57
Cap 1 – A ciência do Materialismo histórico – pg 1
é a ciência das leis gerais que regem o desenvolvimento da sociedade.
– investiga as leis gerais do processo histórico
Vida social – fenômenos
econômicos
políticos
ideológicos
Trajetória da humanidade – regime da comunidade primitiva
escravidão
feudalismo
capitalismo
socialismo
O Mat. Hist. é uma Teoria Científica coerente e harmônica que explica o desenvolvimento da sociedade, a passagem de um a outro regime social. É, ademais, o único método científico certo, para entender todos os fenômenos sociais e a história de cada país, de per si, e os povos em seu conjunto.
“Materialismo Histórico” – 10-5-57
Cap 1 – A ciência do Materialismo histórico – pg 1
é a ciência das leis gerais que regem o desenvolvimento da sociedade.
– investiga as leis gerais do processo histórico
Vida social – fenômenos
econômicos
políticos
ideológicos
Trajetória da humanidade – regime da comunidade primitiva
escravidão
feudalismo
capitalismo
socialismo
O Mat. Hist. é uma Teoria Científica coerente e harmônica que explica o desenvolvimento da sociedade, a passagem de um a outro regime social. É, ademais, o único método científico certo, para entender todos os fenômenos sociais e a história de cada país, de per si, e os povos em seu conjunto.
O Mat. Hist. – é parte integrante do marxismo-leninismo; é o fundamento científico-histórico sobre o qual repousa o comunismo – é a base técnica da política, estratégia e tática da classe operária e de sua vanguarda revolucionária – o P. Comunista.
pg 3 – Nasceu na década de 40 – do século XIX. Foi citado por Marx e Engels. Sua aparição representa a mais grandiosa revolução operada na ciência.
Condições históricas que levaram ao nascimento do marxismo:
1º) alto grau de intensidade das contradições do capitalismo
2º) surgimento da nova classe de vanguarda – o proletariado
pg 3 – A luta de classes – é a força motriz da história
As classes e a luta entre elas – condicionaram o regime econômico da sociedade.
pg 5 – Quando se tratava de explicar os fenômenos da vida social – a história da sociedade – abraçava-se os pontos de vista do idealismo. Teólogos e filósofos idealistas, sociólogos e historiadores burgueses, todos os ideólogos da aristocracia feudal e a grande e a pequena burguesia, viam na consciência, na razão, nas ideias políticas, morais, religiosas e nas demais ideias e princípios, a força motriz fundamental e determinante no desenvolvimento da sociedade. Na sociedade atuam os homens – dotados de razão, consciência e de vontade. Desse fato, os idealistas extraem a falsa conclusão de que na história da sociedade prospera o livre-arbítrio do homem. Segundo os ideólogos burgueses, são as ideias que governam o curso da história.
Em vez de explicar as ideias sociais, as concepções e teorias políticas e as instituições sociais à luz do desenvolvimento das condições materiais da vida da sociedade, os idealistas expõem toda a história da sociedade, partindo da consciência dos homens, de suas ideias e teorias filosóficas, políticas, etc.
Os idealistas consideram que não é a existência social, que não é a vida material da sociedade o que gera uma determinada consciência social – e sim, ao contrário, que a consciência social é que alumia e condiciona – de per si – a vida social, a existência social.
pg 6 – Vícios radicais da concepção idealista da vida social
O idealismo serve às classes exploradoras, ao condenar à passividade política as forças progressivas da sociedade – os trabalhadores, a classe operária.
A crítica demolidora do idealismo, em todos e cada um de seus aspectos, era pois condição necessária para levar o cabo a revolução operada na ciência por Marx e Engels.
pg 9 – Em oposição a todas as doutrinas idealistas que explicam o ser social pela consciência social, o materialismo histórico explica a consciência social pelo ser social, pelas condições materiais de vida da sociedade. A existência social determina a consciência social: tal é o princípio fundamental do Mat. Hist.
pg 9 – O materialismo histórico permite compreender a história da humanidade como um processo de desenvolvimento progressivo e de avanço que vai desde as formas mais baixas da sociedade até as mais altas, através de uma série de contradições que surgem e se resolvem por meio da luta das forças sociais novas e avançadas contra as forças velhas, reacionárias e caducas, por meio das revoluções sociais.
pg 12 – A sociedade é o produto das relações [ilegível] entre os homens – um determinado sistema de relação entre os homens e, principalmente, de suas relações de produção que formam o fundamento da sociedade – a sua [ilegível].
As leis de desenvolvimento social – de mesmo [ilegível] que as leis da natureza – exprimem os nexos reais, objetivos entre os fenômenos, nexos que existem independentemente da vontade e da consciência dos homens.
O Mat. Hist. considera o desenvolvimento social como um processo histórico-natural. O que significa:
– 1º) – que o desenvolvimento social é um desenvolvimento necessário, sujeito a leis;
– 2º) – que as leis que regem o desenvolvimento da sociedade têm uma existência real, objetiva, independente da vontade e da consciência e determinam a vontade e a consciência, assim como a vida social e a ação dos homens.
pg 13 – As leis do desenvolvimento da sociedade, de mesmo modo que as leis da natureza, exprimem uma relativa constância nas relações entre os fenômenos, aquilo que se repete com uma certa regularidade, com uma necessária consequência, em presença das condições objetivas dadas. A existência de determinadas causas, gera inevitavelmente determinados efeitos.
pg 14 – A sociedade constitui o elo mais elevado da cadeia geral do desenvolvimento do mundo material. É uma parte específica do mundo material, com suas leis de desenvolvimento próprias e peculiares. Mas, embora os fenômenos sociais tenham características quantitativas que os distinguem dos fenômenos da natureza, acham-se também sujeitos a leis objetivas.
pg 15 – A reiteração – como um dos [ilegível] mais importantes da ação de toda lei, inclusive as leis histórico-sociais, não se dá somente na natureza, mas também na vida social.
pg 15 – A sociologia burguesa tão [ilegível] contrapõe metafisicamente a sociedade à natureza, como identifica, ao [ilegível], as leis do desenvolvimento social com as do desenvolvimento da natureza, buscando resposta aos problemas sociais, históricos na natureza biológica do homem, supostamente invariável e eterna. Enquanto as teorias subjetivistas tentam isolar a sociedade da natureza, abrir um abismo entre elas, as teorias biológicas ou outras teorias naturalistas tratam de identificar os fenômenos sociais com os naturais, com os fenômenos da biologia, da física e da mecânica (darwinismo social, racismo e neomalthusionismo).
O darwinismo social – transplanta mecanicamente à sociedade a fórmula darwinista da “luta pela existência”.
pg 16 – A dinâmica da sociedade se acha sujeita às suas próprias leis que não podem reduzir-se às leis da natureza.
pg 17 – A verdadeira base material objetiva do desenvolvimento da sociedade não é outra senão o modo da produção de seus bens materiais.
Conceito de Marx – Formação econômico-social
A formação econômico-social é uma determinada fase de desenvolvimento da sociedade e que se caracteriza por seu modo próprio de produção e, consequentemente, por relações de produção historicamente determinadas e pelas relações políticas, ideológicas, etc. que surgem à base delas. As relações de produção não esgotam toda a riqueza das relações sociais, mas são a base econômica sobre a qual surge a superestrutura a que esta base dá vida e que por ela se acha condicionada, isto é, as concepções políticas, jurídicas, morais, religiosas, artísticas e filosóficas, e as instituições congruentes com elas. O modo de produção determina o caráter e a estrutura de toda formação econômico-social.
5 tipos de formações [ilegível] – regime comunidade primitiva
sociedade escravagista
feudal
capitalista
comunista (1ª fase - socialismo)
Pg [ilegível] – A teoria M.L. da Revolução
211 – A situação revolucionária se caracteriza pelos seguintes traços distintivos:
1) – Impossibilidade de as classes dominantes [ilegível] as formas de sua dominação (crise nas [ilegível])
2) – Maior agudização – além da normal – da pobreza e da miséria das classes oprimidas
3) – Considerável elevação [ilegível] da atividade das massas.
As revoluções – dizia Marx – são as locomotivas da história.
Os períodos revolucionários se distinguem pela grande envergadura e riqueza dos acontecimentos, pelo alto grau de consciência das massas, pela grande audácia e nitidez da [ilegível] histórica, essa comparação com os períodos do “progresso” filisteu, reformista. É criadora, pois destrói o velho e cria o novo.
Distinção das revoluções sociais
Qto ao caráter
Qto às forças motrizes
quanto aos resultados
econômicas
sociais
políticas