As anotações de Geisel sobre marxismo

Durante a Guerra Fria, o comunismo era tido por uma parcela significativa da elite política e militar brasileira como a maior ameaça internacional ao Brasil. Não à toa, nos anos 1950 o então coronel Ernesto Geisel, para entender melhor a visão dos “inimigos”,  decidiu ler um clássico da literatura soviética: Materialismo Dialético, um manual sobre o marxismo que inspirava o regime comunista.

O estudo de Geisel ficou registrado nas 26 folhas de papel em que ele resume as ideias centrais das mais de 200 páginas do volume. Um bilhete de Heitor Ferreira, seu secretário na Presidência, brinca com o nível de detalhe de suas anotações: “Depois vem aquele sujeito e diz que o senhor não era “metódico”.