Geisel explica: a abertura não foi inspirada por “espírito democrático”

Segundo o general, “a nação estava dividida”, inclusive pela “desagregação de certas áreas militares”, e isso “não é bom”

Em 1995, o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) explicou a essência do seu projeto de abertura. Ela não derivava de um “espírito democrático”:

 “Como todo movimento revolucionário que dura, tinha lutas internas.” No meio militar elas eram marcadas pelas desavenças entre a “linha dura” e os “moderados”. Segundo Geisel, isso levava à desagregação militar e de “certas áreas do Estado”. O oficial que participara das desordens militares de 1922, 1924, 1930, 1937, 1945, 1961, 1964, 1965, 1968 e 1969 temia sobretudo a anarquia dos quartéis.

Com o anúncio de que o governo promoveria uma “lenta, gradativa e segura distensão”, sua presidência foi afrontada por indisciplinas e atentados, até que em 1977 teve que demitir o ministro do Exército, general Sylvio Frota.

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