O presidente Médici: austeridade e silêncio
Terceiro presidente da ditadura militar, Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) governou o país durante o período de maior violência contra a esquerda, mas passou pela vida pública com escrupulosa honorabilidade pessoal.
O general presidiu o país em silêncio – lia discursos escritos por outros e não participava de confraternizações sociais. Fã do radinho de pilha, que usava para ouvir jogos de futebol, deu sinais de austeridade em todos os anos em que esteve à frente do regime.
Terceiro presidente da ditadura militar, Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) governou o país durante o período de maior violência contra a esquerda, mas passou pela vida pública com escrupulosa honorabilidade pessoal.
O general presidiu o país em silêncio – lia discursos escritos por outros e não participava de confraternizações sociais. Fã do radinho de pilha, que usava para ouvir jogos de futebol, deu sinais de austeridade em todos os anos em que esteve à frente do regime. Até mesmo seu salário era modesto: o equivalente a 724 dólares mensais (Cr$ 3.439, 98 líquidos).
Médici adiou um aumento do preço da carne para vender na baixa os bois que mantinha em uma estância; e tratou de desviar o traçado de uma estrada para que ela não lhe valorizasse a propriedade. Em Brasília, na granja oficial do Riacho Fundo, sua mulher decorou os aposentos com móveis usados, recolhidos nos depósitos do funcionalismo público da capital federal.