Como o serviço de inteligência via os contestadores

Em 1978, o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) cumpria seu último ano de mandato. Após o processo de abertura “lenta, gradual e segura” implementado pelo general, o país não era o mesmo da época em que ele assumira a chefia do Executivo. Em 1974, a imprensa vivia sob rigorosa censura e os quadros do Partido Comunista e os guerrilheiros do Araguaia estavam sendo exterminados.

Quatro anos depois, a repressão dava mostras de brandura: as denúncias de tortura, que haviam chegado a 585 em 1975, caíram para 214. Nenhum brasileiro morreu ou desapareceu nos cárceres políticos em 1978, e o Ato Institucional no 5, a caminho de completar dez anos, estava com os dias contados — Geisel anunciara que o revogaria ao fim das negociações em torno de “salvaguardas eficazes”.

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